O TikTok enfrenta o encerramento iminente nos EUA neste domingo, depois de o Supremo Tribunal rejeitar por unanimidade o recurso da plataforma que contestava a sua proibição.
O tribunal rejeitou os argumentos do TikTok baseados na Primeira Emenda, afirmando: "Embora a recolha de dados seja comum hoje em dia, a escala massiva do TikTok e o potencial controlo estrangeiro, combinados com a sua extensa recolha de dados sensíveis, justificam medidas especiais para proteger a segurança nacional."
Sem uma ação política de última hora, o TikTok tornar-se-á inacessível em todo o país. A Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, confirmou que o Presidente Biden apoia que o TikTok permaneça operacional sob propriedade norte-americana, mas a implementação cabe agora à administração entrante do Presidente eleito Donald Trump.
O acórdão do Supremo Tribunal afirmou: "Embora o TikTok sirva 170 milhões de americanos como uma plataforma única de expressão e comunidade, o Congresso ordenou devidamente a desinvestidura para abordar os riscos de segurança nacional documentados representados pelas suas práticas de dados e ligações estrangeiras."
Trump historicamente opôs-se à proibição do TikTok, e os analistas especulam que ele poderá emitir uma ordem executiva a adiar a aplicação por 60-90 dias após tomar posse na segunda-feira. No Truth Social, Trump revelou que já está envolvido em discussões com o Presidente chinês Xi Jinping sobre a proibição.
A posição do governo chinês sobre a venda do TikTok permanece incerta, embora fontes indiquem que a aquisição total por interesses ocidentais continua a ser possível. Elon Musk, conselheiro da administração entrante, poderá supostamente facilitar negociações entre potenciais compradores ou considerar adquirir o TikTok ele mesmo.
Enquanto a incerteza paira, os utilizadores do TikTok têm migrado em massa para a alternativa chinesa Xiaohongshu (Red Note), que supostamente ganhou mais de 700.000 novos utilizadores nos EUA na semana passada.
O futuro do TikTok nos EUA parece limitado a dois caminhos: aquisição por interesses americanos ou encerramento completo - a menos que o Presidente Trump intervenha com ação executiva.
